Papéis de Ruy Pessoa de Amorim
Oferecidos por seu neto José Manuel Durão, a quem muito agradeço, entraram no ARQUIVO / BIBLIOTECA , um conjunto de papéis, de Ruy Pessoa de Amorim. O seu neto fez este esboço de retrato, que, em breve, será complementado por outros elementos:
“O meu Avô, Ruy Pessoa D’Amorim foi um Salazarista incondicional, era militar, monárquico, e esteve ligado às polícias políticas (PVDE e PIDE, de que foi subdirector, salvo erro). Num relatório sobre a actividade inicial da PVDE de 1932 a 1938, existe a seguinte dedicatória: “Ao Capt. Pessoa D’Amorim, bom e admirável companheiro e amigo, “sócio fundador desta empresa” cuja obra está sintetizada neste Relatório, ofereço este exemplar com o agradecimento pela sua útil e leal colaboração nos longos oito anos que já vão decorridos. Lisboa, 14 de Novembro de 1939 Agostinho Lourenço Capt.”
Era um romântico, natural de Alpiarça, terra conhecida por ser um bastião comunista, o que o levava sempre a defender os seus amigos conterrâneos do partido comunista, livrando-os sempre que podia da prisão e das perseguições.
Foi um dos fundadores do Grupo de Forcados de Santarém.
Viveu a guerra de Espanha, tendo dado o seu lugar, aqui em Cascais, no avião em que seguia, ao general Sanjurjo, livrando-se assim de morrer na queda logo a seguir desse avião que vitimou este general Espanhol que levou à ascensão de Franco. Colaborou com o General Moscardó na defesa do Alcazar de Toledo, tendo-lhe sido oferecido pelo Requete um azulejo desse monumento, com deteriorações provocadas pelos bombardeamentos, e que o meu Avô me deu.
Fez a Primeira Grande Guerra tendo-se alistado voluntariamente (já era tenente) para substituir outro militar que tinha mulher e filhos e que procurava desesperadamente alguém para ir em seu lugar. Nas trincheiras foi ferido nas pernas por disparos de metralhadora, e foi a Conselho de Guerra por deserção, episódio curiosíssimo e que só mesmo num tempo daqueles se podia passar. Claro que não desertou, e foi-me transmitido o que se passou, e foi agraciado com a “Fourragère” da Torre Espada.
Tenho muitos mais documentos que eram dele, algumas cópias de cartas, fotografias na URSS e na Polónia, etc.”
Os papéis, fotos, documentos, correspondência, já foram sujeitos a uma arrumação inicial, tendo sido praticamente todos datados. Isto significa que, em breve, alguns núcleos mais importantes da documentação (como por exemplo sobre a colaboração e intercâmbio policial entre a PVDE e as polícias polaca e italiana), vão ser digitalizados e disponibilizados.
Ver mais ofertas de José Manuel Durão.
Oferecidos por seu neto José Manuel Durão, a quem muito agradeço, entraram no ARQUIVO / BIBLIOTECA , um conjunto de papéis, de Ruy Pessoa de Amorim. O seu neto fez este esboço de retrato, que, em breve, será complementado por outros elementos:
“O meu Avô, Ruy Pessoa D’Amorim foi um Salazarista incondicional, era militar, monárquico, e esteve ligado às polícias políticas (PVDE e PIDE, de que foi subdirector, salvo erro). Num relatório sobre a actividade inicial da PVDE de 1932 a 1938, existe a seguinte dedicatória: “Ao Capt. Pessoa D’Amorim, bom e admirável companheiro e amigo, “sócio fundador desta empresa” cuja obra está sintetizada neste Relatório, ofereço este exemplar com o agradecimento pela sua útil e leal colaboração nos longos oito anos que já vão decorridos. Lisboa, 14 de Novembro de 1939 Agostinho Lourenço Capt.”
Era um romântico, natural de Alpiarça, terra conhecida por ser um bastião comunista, o que o levava sempre a defender os seus amigos conterrâneos do partido comunista, livrando-os sempre que podia da prisão e das perseguições.
Foi um dos fundadores do Grupo de Forcados de Santarém.
Viveu a guerra de Espanha, tendo dado o seu lugar, aqui em Cascais, no avião em que seguia, ao general Sanjurjo, livrando-se assim de morrer na queda logo a seguir desse avião que vitimou este general Espanhol que levou à ascensão de Franco. Colaborou com o General Moscardó na defesa do Alcazar de Toledo, tendo-lhe sido oferecido pelo Requete um azulejo desse monumento, com deteriorações provocadas pelos bombardeamentos, e que o meu Avô me deu.
Fez a Primeira Grande Guerra tendo-se alistado voluntariamente (já era tenente) para substituir outro militar que tinha mulher e filhos e que procurava desesperadamente alguém para ir em seu lugar. Nas trincheiras foi ferido nas pernas por disparos de metralhadora, e foi a Conselho de Guerra por deserção, episódio curiosíssimo e que só mesmo num tempo daqueles se podia passar. Claro que não desertou, e foi-me transmitido o que se passou, e foi agraciado com a “Fourragère” da Torre Espada.
Tenho muitos mais documentos que eram dele, algumas cópias de cartas, fotografias na URSS e na Polónia, etc.”
Os papéis, fotos, documentos, correspondência, já foram sujeitos a uma arrumação inicial, tendo sido praticamente todos datados. Isto significa que, em breve, alguns núcleos mais importantes da documentação (como por exemplo sobre a colaboração e intercâmbio policial entre a PVDE e as polícias polaca e italiana), vão ser digitalizados e disponibilizados.
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