PÁGINAS EM CONSTRUÇÃO
BABO, ALEXANDRE
BACALHAU, JOEL
BACELAR, ARMANDO
BAÍA, MARIA JOSÉ (EE)
BARGE, José Maria
BARBADO, Ricardo Agostinho *
BARBOSA, MANUEL
BARIDÓ, MANUEL (PCP)
BARREIROS, ACÁCIO (EE)
BARROS, José Salgueiro de *
BARROSO, MARIA
BASÍLIO, Joaquim *
BASTO, Ludgero Pinto
BAPTISTA, ALFREDO
BAPTISTA, FRANCISCO ANTUNES (EE)
BATISTA, JOSÉ LOPES (PCP)
BAPTISTA, PEDRO (EE)
BARBADO, RICARDO AGOSTINHO
BARBOSA, AURÉLIO
BARBOSA, CÉLIA (EE)
BARBOSA, JAIME MONGINHO FILIPE (EE)
BARBOSA, MADALENA (EE)
BÁRCIA, ANTÓNIO (EE)
BARIDÓ, MANUEL
BARRACOSA, ANTÓNIO MANUEL (EE)
BARRACOSA, FRANCISCO ANTÓNIO MARQUES (EE)
BARRACOSA, JOSÉ MARIA MARQUES (EE)
BARRADAS, ACÁCIO (EE)
BARRADAS, ANA (EE)
BARREIRA, JOAQUIM PIRES
BARRETO, ANGELO (EE)
BARRETO, ANTÓNIO (PCP, EE)
BARRETO, JORGE LIMA (EE)
BARROS, AFONSO DE
BARROS, JOSÉ (EE)
BASTO, LUDGERO PINTO
BASTOS, Artur Batista Vieira
BASTOS, DÁRIO
BASTOS, JOSÉ GABRIEL DA FONSECA PEREIRA
BASTOS, MARIA DE FÁTIMA DA FONSECA RIBEIRO PEREIRA (EE)
BATALHA, TOGO
BATISTA, FRANCISCO ANTUNES (EE)
BATISTA, Raul
BATISTA, VITOR REIS (EE)
BAU, JOÃO ALVARO (EE)
BELO, FERNANDO (EE)
BELO, HUMBERTO (EE)
BENAVENTE, ANA (EE)
BENVINDO, LUÍS (EE)
BERMUDES, CESINA
BERNARDA, David (PCP, ANAR)
BERNARDES, FERNANDO MIGUEL
BERNARDINO, JOSÉ (PCP)
BERNARDINO, MANUELA (PCP)
BERNARDO, JOÃO (EE)
BIZARRO, ANÍBAL
BONIFÁCIO, FRANCISCO PRESÚNCIA (CHICO “GALIZA”)
BORGES, DOMINGAS DA CONCEIÇÃO (PCP)
BRAGA, Mário
BRANCO, MARIA
BRANDÃO, BEATRIZ CAL
BRANDÃO, MARIO CAL
BRASIL, JAIME
BRAZ, ARNATO DAVID
BRETES, FAUSTINO
BREYNER, SOPHIA DE MELO
BRITO, CARLOS (PCP)
BRITO, JOSÉ DE (ANAR)
BRITO, SANCHES DE
BUGIO, ANTÓNIO

ALEXANDRE FEIO DOS SANTOS BABO
( Lisboa, 30 de Julho de 1916- Cascais, 2 de Novembro de 2007)
MAÇONARIA
ACÇÃO ANTICLERICAL E ANTIFASCISTA
BLOCO ACADÉMICO ANTIFASCISTA
PCP
Biografia na Wikipedia
Biografia no Dicionário Político do Marxist Internet Archive
Alexandre Babo, Autobiografia . Notas e Alguns Contos e Alegações Proferidas no Porto em 4 de Maio de 1957 , Porto 1957
Alexandre Babo, “A 1ª Ediçao dos “Esteiros”“, Avante!, 27 de Dezembro de 1979
Alexandre Babo, Recordações de um Caminheiro, Lisboa, Escritor, 1992
( Lisboa, 30 de Julho de 1916- Cascais, 2 de Novembro de 2007)
MAÇONARIA
ACÇÃO ANTICLERICAL E ANTIFASCISTA
BLOCO ACADÉMICO ANTIFASCISTA
PCP
Biografia na Wikipedia
Biografia no Dicionário Político do Marxist Internet Archive
Alexandre Babo, Autobiografia . Notas e Alguns Contos e Alegações Proferidas no Porto em 4 de Maio de 1957 , Porto 1957
Alexandre Babo, “A 1ª Ediçao dos “Esteiros”“, Avante!, 27 de Dezembro de 1979
Alexandre Babo, Recordações de um Caminheiro, Lisboa, Escritor, 1992
ACÁCIO BARREIROS
ANTÓNIO BARRETO
MARIA BARROSO
Leonor Xavier, Maria Barroso Um Olhar Sobre a Vida, Lisboa, Difusão Cultural, 1995
Leonor Xavier, Maria Barroso Um Olhar Sobre a Vida, Lisboa, Difusão Cultural, 1995
DÁRIO BASTOS
Dário Bastos, Um homem na rua, Póvoa de Lanhoso, C. M. Póvoa de Lanhoso, 1996
Dário Bastos, Um homem na rua, Póvoa de Lanhoso, C. M. Póvoa de Lanhoso, 1996

LUDGERO PINTO BASTO
António Melo, “Morreu Ludgero Pinto Basto, comunista e antiestalinista”, Público, 25/5/2005.
Antonio Loja Neves, “O médico combatente”, Expresso, 18/6/2005.
Raimundo Narciso, “Morreu Ludgero Pinto Basto”, Memórias, 25/5/2005
António Melo, “Morreu Ludgero Pinto Basto, comunista e antiestalinista”, Público, 25/5/2005.
Antonio Loja Neves, “O médico combatente”, Expresso, 18/6/2005.
Raimundo Narciso, “Morreu Ludgero Pinto Basto”, Memórias, 25/5/2005
António Melo, Um revolucionário explosivo de convicções 14/02/1999 - O que agora o ocupa é a edição portuguesa de "Bukarin, Minha Paixão", pungente obra autobiográfica da que foi a jovem mulher de um companheiro de Lenine, os dois vítimas das "purgas" políticas de Estaline. Ele próprio fez a tradução e quer, apressado, que uma editora a publique. Irrita-o a lentidão com que estão a tratar a questão dos direitos de autor. A sua irritação é permanente, mas não é grave, porque é um estado de espírito - uma atitude mobilizadora para a acção. Nos primeiros anos de estudante de Medicina passou pela maçonaria. Na loja Revolta, com Vasco da Gama Fernandes, Augusto Santos Silva, Nuno Rodrigues dos Santos, Manuel Mendes e Velez Grilo, animou a greve académica de 1931 contra a ditadura militar. Mas, sem desrespeito para os companheiros, que havia de encontrar sempre do mesmo lado da barricada antifascista, achou-a fora do tempo. Foi no Partido Comunista que se realizou politicamente. Recrutado em 1932 por Grilo, seu duplo colega em Medicina e na maçonaria, entrou rapidamente para o comité local de Lisboa. Seis anos de lutas mais tarde, depois de uma estadia na guerra civil de Espanha e em França, foi designado para o secretariado, juntamente com Álvaro Cunhal e Francisco Miguel. Por essa altura já o antigo colega Grilo deixara de ser camarada e passara a ser qualificado como membro do "grupelho provocatório" pelo secretariado a que pertencia. Ainda hoje se lhe refere com incontido desprezo - "foi para Moçambique e lá tornou-se colonialista".No dia 1 de Dezembro de 1939, foi detido, com Francisco Miguel, pela PVDE (polícia política). Condenado a 20 meses de cadeia acabou por ter que passar três anos de degredo em Angra do Heroísmo, regressando depois a Caxias, de onde saiu em 1943. Comparada com a que caiu sobre o seu companheiro, enviado para o Tarrafal, de onde só regressaria passados mais de dez anos, foi uma pena ligeira.Nessa altura já exercia clínica e estava casado com Brísida, filha de família operária. Ernâni, o mais velho dos três filhos que tiveram, nascera havia dois anos. Mãe e filho, graças à ajuda de um irmão, comerciante na Lixa, concelho de Felgueiras, puderam ir residir para Angra. A Lixa, sua terra natal, teria sido também a de residência se, miúdo, tivesse alguma queda para o negócio. Ficara órfão de pai aos cinco anos. A mãe, professora primária, com mais dois filhos, um de quatro e o outro de dois anos, espera que o rapaz, concluído o ensino primário, vá ajudá-la no comércio de fazendas. Foram vãs expectativas que a mãe alimentou durante nove anos. Até que uma irmã a pôs diante da evidência que só ela se negava a ver - o rapaz não era para o balcão. Só afastava a freguesia. Demorava mais a atendê-los do que um funcionário público e despachava-os mais depressa do que um sinaleiro em hora de ponta. Tudo para poder enfronhar-se no livro que escondia debaixo do balcão.Leonardo Coimbra, visita semanal da aldeia, encantou-se com personalidade do jovem, neto de um republicano, que em conversa dominical lhe dava conta das suas simpatias marxistas. Nesse tempo, Leonardo Coimbra ainda não se convertera ao catolicismo e se tornara "praticamente beato", recorda o antigo jovem. Defendia, pelo contrário, as ideias de Lenine e Trotski. Ludgero não gostava de Trotski e ainda hoje o critica sem apelo nem agravo. Aos 17 anos a mãe disse-lhe: "Vai estudar." Foi. Em três anos, no colégio Almeida Garrett, no Porto, fez todo o ensino secundário. Com 19 anos e distinção entrou nos preparatórios de Medicina. No ano seguinte, por conselho de um médico, familiar de Leonardo Coimbra, rumou a Lisboa, para frequentar a "melhor escola médica do país". Abraçou as duas causas, a da revolução social e a da salvação dos corpos, e foi em semiclandestinidade que em 1935 concluiu o curso. A polícia política procurava-o pela faculdade, mas, conta, divertido, a foto que o identificava no bilhete de identidade era tão diferente da pessoa real que podia estar a falar com o esbirro que ele não o reconheceria. Confiado nisso chega a abrir um consultório na zona da Penha de França, em Lisboa, recorrendo a um apelido da mãe que pouco utiliza: Ferreira Pinto.Quando saiu da prisão, por decisão dele e do PCP, passou a viver na legalidade. Reiniciou a actividade clínica e especializou-se em endocrinologia, de que foi precursor em Portugal. Era director-médico no banco do Hospital de São José, em 1961, quando Varela Gomes foi baleado na revolta de Beja. Isso e o facto de o enfermeiro-mor dos Hospitais, Carlos Jorge, ser um companheiro permitiu enviar de urgência para Beja uma equipa chefiada pelo cirurgião Sérgio Sabido Ferreira que operou e salvou o principal protagonista da revolta. |
António Melo, “Morreu Ludgero Pinto Basto, comunista e antiestalinista”, Público, 25/5/2005, transcrito a seguir:
Dirigente nos anos 30, é como militante legal que presta apoio médico ao aparelho clandestino do PCP O médico Ludgero Pinto Basto foi ontem a enterrar, em Lisboa, depois de uma vida inteiramente dedicada aos ideais de solidariedade humana e igualdade social. Cultivou-os na maçonaria, onde se iniciou em 1928, e no Partido Comunista Português de que foi militante e dirigente, a partir de 1931. Tinha 96 anos e encontrava-se enfermo há alguns meses. Em Abril do ano passado foi condecorado com a Grande Ordem da Liberdade. Ludgero Pinto Basto nasceu a 13 de Janeiro de 1909 na Lixa (Felgueiras). Filho de uma professora primária e de um comerciante bem sucedido, “não tinha jeito nem vontade” para o negócio de fazendas e riscado. A isso o destinava a mãe, quando o pai morreu, vítima de uma úlcera gástrica, e ela teve de se ocupar, além da escola, com o balcão da loja. A jovem viúva ficara com três filhos para cuidar. Ludgero tinha cinco anos, Anibal três e o mais novo, Êrnani, nem ano e meio atingira quando morreu Eugénio Ferreira Basto, o pai. Ludgero não sentia qualquer vocação para aquele negócio. Durou nove anos a prova de força com a mãe. Tinha 17 anos quando a mãe lhe disse: “Vais estudar”. Em três anos fez o ensino secundário, no Colégio Almeida Garrett, no Porto. Com 19 anos entrou para os preparatórios de Medicina e no ano seguinte, rumou a Lisboa, onde considerava estar a “melhor escola médica do país”. Além de aprender a salvar a doença individual, abraçou também a causa da revolução social; e em 1931 tornou-se membro do PCP. Foi na semi-clandestinidade que, em 1935, concluiu o curso. Conseguiu iludir a vigilância da polícia política salazarista e abriu um consultório na zona da Penha de França, em Lisboa, recorrendo a um apelido da mãe que pouco utilizava: Ferreira Pinto. Foram muitos os militantes clandestinos comunistas que recorreram aos seus cuidados, que nunca recusou, sem cuidar dos riscos. De Setembro de 1938 a 1 de Dezembro de 1939 assegurou o funcionamento do secretariado político comunista, com Francisco Miguel e Álvaro Cunhal, que apoiou sempre, sem esconder a crítica e sem quebra de amizade. Nesse 1 de Dezembro foi preso em Benfica (Lisboa) quando, precisamente com Francisco Miguel, ia encontrar-se com outros elementos do comité central. Foi condenado a 20 meses de prisão, mas acabou por ficar quase quatro anos nos presídios do regime, dos quais dois em Angra do Heroísmo, de onde regressou em 1943, para Caxias e só então foi libertado. Passou a viver na legalidade e retomou a actividade clínica. Especializou-se em endocronologia, disciplina clínica de que foi percursor em Portugal. A evolução política na União Soviética, sob a direcção de Estaline, sobretudo os “processos de Moscovo”, onde os “companheiros de Lenine”, acusados de contra-revolucionários, mereceu a sua crítica interna no PCP, mas sem pôr em causa a sua fidelidade à linha partidária. Por isso enfatizava a reabilitação política de Bukarine (executado em 1938), ainda durante a existência da União Soviética, dando pleno valor ao que deixara escrito no seu testamento clandestino, só revelado muitas décadas mais tarde pela viúva: “Sabei camaradas, que sob a bandeira que levais, em marcha triunfal para o comunismo, há também uma gota do meu sangue!” Nos primeiros anos de estudante de Medicina, Ludgero passou pela maçonaria e pertenceu à loja Rebeldia, em Coimbra, de que fez parte outro médico, também resistente antifascista, mas do Partido Socialista, Fernando Vale. Foi desta loja que saíram os líderes da greve académica de 1931, contra a ditadura militar saída do 28 de Maio de 1926. Mas a sua permanência no Grande Oriente Lusitano Unido foi breve, pois os seus rituais pareceram-lhe fora do seu tempo. Foi no PCP que se realizou politicamente. Leonardo Coimbra, seu conterrâneo, que nesse tempo ainda não se tornara “praticamente beato”, foi quem o iniciou nos caminhos do “materialismo dialéctico” e lhe deu conta da revolução bolchevique, que desde 1917 abalava o mundo. Das lições desse tempo conservou Ludgero uma animosidade política permanente contra Trotsky. Em contrapartida, Lénine e Bukarine entusiasmavam-no. Se a crítica que fez do estalinismo foi tímida, isso deveu-se unicamente ao rigor político do tempo, que não tolerava que se beliscasse o “pai dos povos”, mas sempre acusou Estaline de ter pervertido o projecto de Lenine. Esteve na guerra civil de Espanha, onde se encontrou com Togliatti, líder comunista italiano, de pequena figura, mas que ficou a admirar pela sua determinação. A deliquescência do regime soviético só o surpreendeu por tardia, porque tinha fundadas dúvidas sobre aquele “socialismo real”. Por isso discordava que se falasse de “utopia comunista” para caracterizar o século XX. Considerou, até ao fim, que um tal projecto de sociedade permanecia válido, convencido de que “todas as misérias do capitalismo se mantinham e até se exacerbaram em certos sítios”. Preocupação séria para si era ver a tendência crescente para um individualismo egoísta e “as pessoas menos interessadas na evolução da sociedade do que no princípio do século XX”. |

FRANCISCO PRESÚNCIA BONIFÁCIO (CHICO “GALIZA”)
“António Calarrão, “Chico Galiza” e Manuel Colhe acham que nem a família quer saber dos seus sacrifícios – Combateram o fascismo e agora lutam contra o esquecimento a que foi votado esse combate“. Mirante, 15/4/2010.
“António Calarrão, “Chico Galiza” e Manuel Colhe acham que nem a família quer saber dos seus sacrifícios – Combateram o fascismo e agora lutam contra o esquecimento a que foi votado esse combate“. Mirante, 15/4/2010.
MÁRIO BRAGA
CARLOS BRITO
Carlos Brito, Anotações dos dias – Poemas da prisão, Lisboa, Edições Avante, …
Carlos Brito, Tempo de Subversão. Páginas Vividas da Resistência, Lisboa, Avante, 1998
Carlos Brito, Vale a Pena Ter Esperança, Lisboa, Caminho, 1999
Carlos Brito, As Páginas Tantas, Porto, Campo da Letras, 2000
Carlos Brito, Águas do meu contar, Porto, Campo das Letras,2002
Fernando Diogo / Conceição Branco, Entrevista a Carlos Brito, Expresso, 17/8/2002
Rogério Rodrigues,” Dois clandestinos em Abril”, O Jornal , Abril 1984.
Carlos Brito, Anotações dos dias – Poemas da prisão, Lisboa, Edições Avante, …
Carlos Brito, Tempo de Subversão. Páginas Vividas da Resistência, Lisboa, Avante, 1998
Carlos Brito, Vale a Pena Ter Esperança, Lisboa, Caminho, 1999
Carlos Brito, As Páginas Tantas, Porto, Campo da Letras, 2000
Carlos Brito, Águas do meu contar, Porto, Campo das Letras,2002
Fernando Diogo / Conceição Branco, Entrevista a Carlos Brito, Expresso, 17/8/2002
Rogério Rodrigues,” Dois clandestinos em Abril”, O Jornal , Abril 1984.
JOSÉ DE BRITO
Anarquista
José Brito, "Retalhos da Memória", Utopia, 4, Outono/Inverno 1996.
Anarquista
José Brito, "Retalhos da Memória", Utopia, 4, Outono/Inverno 1996.