PÁGINAS EM CONSTRUÇÃO
FAFE, JOSÉ FERNANDES
FALCÃO, BEATRIZ
FALCÃO, SEVERIANO PEDRO (PCP)
FARIA, HELENA (PCP)
FARIA, JOÃO
FARRACHA, JOAQUIM
FEIJÃO, João Manuel da Costa (PCP)
FEIO, ANTÓNIO AREOSA
FERNANDES, Albina
FERNANDES, COLÉLIA MARIA ALVES (PCP)
FERNANDES, LUÍS JOAQUIM
FERNANDES, MÁRIO JOSÉ
FERNANDES, VASCO DA GAMA
FERRAZ, CARLOS
FERREIRA, ALCINO DE SOUSA
FERREIRA, Américo
FERREIRA, Belmiro
FERREIRA, DAVID
FERREIRA, EVELINA DA CONCEIÇÃO
FERREIRA, Jaime Pires *
FERREIRA, JOSÉ GOMES
FERREIRA, JOSÉ MEDEIROS
FERREIRA, MARIA PINTO
FERREIRA, MERCEDES
FIADEIRO, INÁCIO
FIGUEIREDO, Aníbal de *
FIGUEIREDO, ÓSCAR REIS
FIGUEIREDO, TOMÁZ XAVIER
FINEZA, AGOSTINHO
FINS, BRANCA DURÃO
FIRMO, Manuel
FLAMINO, António Braz Perfeito
FONSECA, ÁLVARO DUQUE DA
FONSECA, DALILA DUQUE DA
FONSECA, MANUEL DA
FONTAINHAS, MANUEL ANDRÉ
FRANÇA, OLÍVIO
FRANCISCO, JAIME
FRANCISCO, JOSÉ

SEVERIANO FALCÃO
(Alhandra, 1/3/1923 – 5/5/2004)
Severiano Pedro Falcão, que tinha a alcunha de “Espanhol”, era filho de um “trabalhador sem profissão”, e de uma “operária têxtil”, que descreveu como “pessoas sérias” embora desinteressadas da política. Seus irmãos, pelo contrário, já tinham interesse pela política. Frequentou a escola primária e começou a trabalhar muito cedo numa oficina, cujo patrão era simpatizante dos republicanos espanhóis. Foi mudando de oficina e ofício em função das dificuldades. A sua profissão oficial era de carpinteiro, mas sempre se considerou marceneiro.
Jovem nos meios operários de Alhandra foi desportista e músico amador,– tocava clarinete na Sociedade Euterpe – , participou em actividades animadas por Soeiro Pereira Gomes. Foi recrutado para as Juventudes Comunistas em 1942 e permaneceu nessa situação até 1944, altura em que entrou para um organismo partidário. Depois das greves de 8 e 9 de Maio de 1944, foi chamado ao CL de Alhandra (?) para substituir elementos que tinham sido presos. Participou em actividades sindicais mas o seu nome era vetado pela PIDE para cargos nos Sindicatos. Em 1947, passou a ser membro do CR do Ribatejo e, nessa qualidade, participou, no ano seguinte, na agitação legal e semi-legal em apoio à candidatura do General Norton de Matos para a Presidência da República.
Quando morreu Soeiro Pereira Gomes, participou na organização da manifestação que se realizou quando da passagem do seu funeral em Alhandra, em 7 de Dezembro de 1949, e escreveu um texto distribuído na altura. Essas actividades colocaram-no em risco de ser preso. Passa à clandestinidade em fins de Dezembro de 1949.
O período em que passa à clandestinidade é dos mais críticos da história do PCP, ameaçado quase de desaparição por uma sucessão de traições e pela acção eficaz da PIDE. Falcão, com o pseudónimo de “Artur”, foi tomar conta de organizações em situação crítica no Alto e Baixo Alentejo. Substituindo Manuel Vital /”Teixeira”, assassinado pelo partido, e posteriormente Agostinho Saboga /”Jaime”, trabalhou numa zona muito afectada por prisões e traições. Um ano depois de passar à clandestinidade, foi vítima de uma traição e preso com a sua mulher Maria Beatriz Rodrigues, e um filho com três anos, numa casa na Amora/Seixal, a 30 de Dezembro de 1950.
Foi preso pela mais eficaz e brutal brigada da PIDE na perseguição ao PCP, que incluía José Gonçalves e Fernando Gouveia, e que estava envolvida na investigação do assassinato de Manuel Vital. Gouveia acusou-o imediatamente de ser responsável pelo assassinato de Vital. Após um período inicial em que Falcão não foi maltratado, a PIDE iria tortura-lo com mais violência do que era habitual. Foi espancado e colocado várias vezes de cabeça para baixo, provocando desmaios. Estas violências tem certamente a ver com a convicção da polícia de que Falcão, tendo substituído Vital, deveria conhecer as circunstâncias em que este fora morto. Severiano Falcão não prestou quaisquer declarações.
Condenado, foi enviado para Peniche de onde saiu em 1956. Voltou a trabalhar, agora na construção civil, passando a dirigir obras em Lisboa. Retoma o contacto com o PCP e participa na campanha de Humberto Delgado. É preso de novo em 21 de Agosto de 1958, julgado e condenado como militante do PCP. Volta à cadeia de onde só sai em 1966.
Regressa a Alhandra e vai trabalhar para uma empresa de Lisboa. Falcão era agora medidor e orçamentista e estudara na cadeia o método PERT de que era considerado especialista. Participou profissionalmente em obras da TAP no aeroporto e, à data do 25 de Abril, trabalhava na grande empresa de construção civil “Joaquim Francisco dos Santos”.
Depois do 25 de Abril, Severiano Falcão foi membro do CC de 1976 a 1992, deputado na Assembleia da República, de 1976 a 1979, onde foi vice-presidente da Comissão Especial de Trabalho. Em 1979, foi eleito Presidente da Câmara Municipal de Loures, reeleito várias vezes , até que renunciou ao cargo em Novembro de 1990. O seu afastamento da Câmara, contra a sua vontade e pressionado pelo PCP, foi-lhe muito penoso, e não se coibia de manifestar a sua “insatisfação” com o modo como fora tratado. No entanto, apoiou o candidato do PCP a Loures em 1993.
Fontes:
F. (Severiano Pedro Falcão?), Queridos camaradas…, 1/5/54
“Artur” / Severiano Pedro Falcão, Queridos camaradas , s/d,
PIDE / DGS, Processo 314/50, NT 5051
Severiano Falcão, “Depoimento sobre Soeiro Pereira Gomes”, Diário 12/4/1981
Ruben de Carvalho, “E disse-me Severiano…”, Avante!, , 29/11/1990
Público , 6/5/2004
Avante!, 6/5/2004
Tribuna de Loures
Revista Figura Online
“Foi há 28 anos. A fuga de Peniche vista pelos que ficaram”, Avante!, 14/1/1988
(José Pacheco Pereira), “Notas Biográficas – Severiano Pedro Falcão”, Estudos sobre o Comunismo, 8/5/2004
JOÃO MANUEL DA COSTA FEIJÃO
(1945 – 15/9/2003)
Licenciado em história, funcionário do PCP. Activista associativo, participa nas lutas estudantis dos anos sessenta, altura de que datam os seus primeiros contactos com o PCP, embora só se tivesse filiado depois do 25 de Abril de 1974. Esteve em Angola como cooperante.
No PCP foi membro do CL de Lisboa, “colaborador” do CC, um cargo de grande confiança política, e tinha a responsabilidade do Gabinete de Estudos Sociais, que inclui o arquivo do partido. Era, na prática, à data da sua morte, o “historiador oficial” do PCP, tendo publicado dezenas de notas históricas quer no Avante!, quer no Militante.
Avante!, 18/9/2003.
[José Pacheco Pereira], “João Manuel da Costa Feijão”, Estudos sobre o Comunismo, 6/10/2003
(ver nota pessoal nos EsC 17/9/2003)
Alguns artigos de Costa Feijão:
“Bento Gonçalves e o reformisno”, O Militante, Ano 71, Série IV, 263, Março/Abril 2003
“1941 – Renascem os prelos do PCP”, Avante!, 21/8/2003,4
“1943 – Saber avançar saber recuar”, Avante!, 31/7/2003
“A greve da mala”, Avante!, 3/7/2003
“A manif no Largo Conde do Pombeiro” , Avante!
“Algarve – Matrículas da miséria” , Avante!
“As Comunas de Lisboa” , Avante!
“As pedras voadoras” , Avante!
“Cabeças rachadas em Rio Tinto” , Avante!
“Do Maranhão a Moscovo”, Avante!, 24/7/2003
“Fados na Amadora” , Avante!
“Lutas nas marinhas do sal”, Avante!, 22/5/2003
“Marianismos salazarentos” , Avante!
“Memória do Oeste”, Avante! , 28/8/2003
“Os baldios para o povo” , Avante!
“Os prelos clandestinos de “O Corticeiro”, Avante!, 17/7/2003
“Os primeiros presos comunistas”, Avante! , 4/9/2003
“Raízes da Reforma Agrária” , Avante!
“Recordando as lutas operárias às portas de Abril” , Avante!
“Reorganização da FJCP – 1934-1935” , Avante!
“Sementes de searas vermelhas” , Avante!
“Subterrâneos da Liberdade” , Avante!
“Teias de exploração – 1939-1949” , Avante!
“Uma Conferência Camponesa”, Avante! , 7-8-2003

ALBINA FERNANDES
Inicialmente casada, em 1948, com o funcionário do PCP, Alcino Ferreira, foi presa em 15 de Dezembro de 1961, com o seu companheiro de então, Octávio Pato, pela brigada de José Gonçalves. Apenas foi solta condicionalmente, permanecendo Octávio Pato, seu marido, preso. Em Novembro de 1970, o Avante!, n.º 422, noticiou a sua morte «em trágicas circunstâncias», após oito anos de prisão e de torturas que tinham deixado o seu sistema nervoso seriamente abalado.
Inicialmente casada, em 1948, com o funcionário do PCP, Alcino Ferreira, foi presa em 15 de Dezembro de 1961, com o seu companheiro de então, Octávio Pato, pela brigada de José Gonçalves. Apenas foi solta condicionalmente, permanecendo Octávio Pato, seu marido, preso. Em Novembro de 1970, o Avante!, n.º 422, noticiou a sua morte «em trágicas circunstâncias», após oito anos de prisão e de torturas que tinham deixado o seu sistema nervoso seriamente abalado.
JOSÉ GOMES FERREIRA
José Gomes Ferreira, Revolução necessária, Lisboa, Diabril, 1975
José Gomes Ferreira, Tu, Liberdade! Antologia de Ficções em Prosa, Lisboa, Editorial Caminho, 1977
José Gomes Ferreira, Dias Comuns I. Passos Efémeros de 1 de Outubro de 1965 a 31 de Dezembro de 1966, Lisboa, Dom Quixote, 1990
José Gomes Ferreira, Dias Comuns II. A Idade do Malogro. Lisboa, 1 de Janeiro de 1967. Lisboa, 31 de Maio de 1967, Lisboa, Dom Quixote, 1998
José Gomes Ferreira, Dias Comuns III. Ponte Inquieta. Lisboa, 1 de Junho de 1967. Lisboa, 31 de Dezembro de 1967, Lisboa, Dom Quixote, 1999
José Gomes Ferreira, Dias Comuns IV. Laboratório de Cinzas. Diário, Lisboa, Dom Quixote, 2004
José Gomes Ferreira
José Gomes Ferreira, Operário das Palavras. Catálogo da Exposição Comemorativa do Centenário do Nascimento, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 2001.
José Gomes Ferreira, Revolução necessária, Lisboa, Diabril, 1975
José Gomes Ferreira, Tu, Liberdade! Antologia de Ficções em Prosa, Lisboa, Editorial Caminho, 1977
José Gomes Ferreira, Dias Comuns I. Passos Efémeros de 1 de Outubro de 1965 a 31 de Dezembro de 1966, Lisboa, Dom Quixote, 1990
José Gomes Ferreira, Dias Comuns II. A Idade do Malogro. Lisboa, 1 de Janeiro de 1967. Lisboa, 31 de Maio de 1967, Lisboa, Dom Quixote, 1998
José Gomes Ferreira, Dias Comuns III. Ponte Inquieta. Lisboa, 1 de Junho de 1967. Lisboa, 31 de Dezembro de 1967, Lisboa, Dom Quixote, 1999
José Gomes Ferreira, Dias Comuns IV. Laboratório de Cinzas. Diário, Lisboa, Dom Quixote, 2004
José Gomes Ferreira
José Gomes Ferreira, Operário das Palavras. Catálogo da Exposição Comemorativa do Centenário do Nascimento, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 2001.
AGOSTINHO DA SILVA FINEZA
(-1/5/1963)
MANUEL FIRMO
Manuel Firmo, Nas trevas da longa noite. Da Guerra Civil de Espanha ao Campo do Tarrafal, Lisboa, Publicações Europa-América, 1978
Carlos S. Pais / Miguel de Sousa, “Faleceu Manuel Firmo (1909-2005) . Figura de barreirense ímpar”, Jornal do Barreiro, 03-02-2005
Morte de Manuel Firmo, sindicalista, anarquista e esperantista
Manuel Firmo, Nas trevas da longa noite. Da Guerra Civil de Espanha ao Campo do Tarrafal, Lisboa, Publicações Europa-América, 1978
Carlos S. Pais / Miguel de Sousa, “Faleceu Manuel Firmo (1909-2005) . Figura de barreirense ímpar”, Jornal do Barreiro, 03-02-2005
Morte de Manuel Firmo, sindicalista, anarquista e esperantista
MANUEL DA FONSECA
Mário Dionísio, “Manuel da Fonseca”, em Manuel da Fonseca, Poemas Completos, Lisboa, Portugália Editora, 1969.
Mário Dionísio, “Manuel da Fonseca”, em Manuel da Fonseca, Poemas Completos, Lisboa, Portugália Editora, 1969.