SÁ, FERNANDO VIEIRA DE
SÁ, JOAQUIM VICTOR BATISTA GOMES DE
SÁ, RAÚL CÉSAR (EE)
SABINO, AMADEU LOPES (PCP, EE)
SABINO, LUIS FILIPE PEREIRA LOPES
SACAVÉM, FRANCISCO DUARTE
SACRAMENTO, MÁRIO
SALAZAR, ABEL
SALEMA, ÁLVARO
SALGADO, FRANCISCO JOSÉ DE SERUCA CARVALHO
SALGUEIRA, EDUARDO
SAMPAIO, JORGE
SANCHES, Manuel João Martins *
SANCHEZ, HENRIQUE MANUEL PEREIRA (EE)
SANTANA, EMÍDIO
SANTO, ANTÓNIO (PCP)
SANTOS, ANTÓNIO JÚLIO GAGO DOS
SANTOS, FERREIRA DOS
SANTOS, Fernando Piteira
SANTOS, Francisco Raul Figueiredo dos
SANTOS, JOÃO ANDRADE
SANTOS, JORGE MANUEL ARTUR DOS
SANTOS, José Expedito dos Santos *
SANTOS, JOSÉ RIBEIRO DOS
SANTOS, LEONEL
SANTOS, Manuel Coelho dos
SANTOS, NUNO RODRIGUES DOS
SANTOS, RIBEIRO (EE)
SANTOS, STELLA PITEIRA
SEABRA, ZITA
SEGURADO, JOÃO ALBERTO BIVAR
SEIÇA, António
SEMEDO, Júlio Grevy Coelho*
SENTIEIRO, JOSÉ ARMINDO (EE)
SEPÚLVEDA, TORCATO (EE)
SEQUEIRA, JOSÉ VULTOS
SERRA, JAIME (PCP)
SERRA, João Cunha *
SERRA, LAURA (PCP)
SERRA, Maria Emília Lindim Serra
SERRA, MANUEL
SHRECK, HENRIQUE (EE)
SILVA, Alice Capela
SILVA, ANTÓNIO MAXIMIANO DA
SILVA, HERNÂNI
SILVA, JOAQUIM PALMINHA E
SILVA, JOSÉ
SILVA, Vasco Luís Rodrigues da Conceição e
SILVA, VICENTE JORGE (EE)
SIMÕES, JOAQUIM SANTOS
SIMÕES , JORGE FALCATO (EE)
SOARES, ANTÓNIO CARLOS FERREIRA
SOARES, JOSÉ
SOARES, JOSÉ PEDRO CORREIA
SOARES, JOSÉ MARTINS (EE)
SOARES, Pedro
SOARES, SÉRGIO (EE)
SOBRAL, LUIS MANUEL DE MOURA PORTUGAL (EE)
SOUSA, CARLOS PLÁCIDO DE
SOUSA, FERNANDO MACEDO
SOUSA, JORGE OLIVEIRA E (EE)
SOUSA, JOSÉ DE
SOUSA, José Viegas de
SOUSA, VIRGÍLIO FERREIRA DE
SPRANGER, TERESA
JOAQUIM VICTOR BATISTA GOMES DE SÁ
(Barcelos, 1921 – 31/12/2003)
Iniciou a sua aprendizagem escolar no Seminário da Régua, de onde saiu para o Liceu em Braga, onde esteve entre 1934 e 1941. Aí já se destacou como promotor de actividades culturais. A partir de 1937, escreve na imprensa local, sendo colaborador regular, desde a década de cinquenta, da Seara Nova e da Vértice. Como muitos da sua geração é a Guerra Civil de Espanha que o desperta para a consciência política.
Terminado o liceu emprega-se numa livraria e torna-se activista sindical, o que parece ter sido uma experiência “frustrante”. Em 1942, cria a Biblioteca Móvel, favorecendo o empréstimo domiciliário de livros, iniciativa perseguida pelo regime e finalmente extinta. Em 1943-4, liga-se ao MUNAF, e em 1945 ao MUD, através dos estudantes comunistas da sua região que nele participavam, em particular, Zenha e Armando Bacelar. Terá sido então recrutado para o PCP.
Em 1947, com base na sua experiência livreira, funda a Livraria Victor em Braga, que constituirá um suporte para a sua sobrevivência económica e um centro de actividade oposicionista local. Foi-lhe interdita a possibilidade de criar uma editora. Preso pela primeira vez em 3 de Junho de 1947, teve posteriormente repetidas prisões, em 1949, em 20 de Fevereiro de 1950, 12 de Dezembro de 1955, 2 de Junho de 1958, 29 de Junho de 1960, e 29 de Abril de 1962. Com excepção das prisões de 1950 e 1962, em que nesta última, foi acusado de pertencer às Juntas Patrióticas e absolvido, nunca foi julgado. Em 1958 apoia Arlindo Vicente e depois Humberto Delgado.
Inicia os estudos universitários no Curso de Ciências Histórico-filosóficas da Faculdade do Letras de Coimbra (1952). Quando terminou a licenciatura, atribulada pelas perseguições políticas de que era alvo, foi nomeado professor da Escola Comercial de Braga e imediatamente proibido de tomar posse. A oposição bracarense, sob inspiração do PCP, realizou-lhe um grande jantar de homenagem, em 15 de Novembro de 1959, em que participaram centenas de pessoas. Falaram Armando Bacelar, Lino Lima , Vasco da Gama Fernandes, Maria Isabel Aboim Inglês e Júlio Calisto, e foi recebida uma mensagem “dos operários de Braga”, uma forma conhecida de saudação em nome do PCP. Como era habitual nas precárias condições de legalidade, o jantar foi o pretexto para uma reunião da oposição, e se avançar na organização de um movimento contra a repressão, por proposta de Maria Isabel Aboim Inglês. Foram igualmente aprovadas moções sobre o processo contra Aquilino Ribeiro, e de apoio a Humberto Delgado. As eleições de deputados de 1961 já estavam na agenda oposicionista, tendo Victor Sá sido candidato.
A PIDE tentou, em 28 de Janeiro de 1960, encerrar a sua única fonte de sustento, a livraria de Braga, o que suscitou um movimento de protesto generalizado , mesmo nos meios mais conservadores da cidade. Três dias depois, a livraria abre de novo Nestas condições, sem possibilidade de trabalhar em Portugal, aceita uma bolsa da Gulbenkian que lhe permitiu- ir para Paris onde prepara o seu doutoramento na Sorbonne com uma tese sobre “A Crise do Liberalismo e as Primeiras Manifestações das Ideias Socialistas em Portugal (1820-1852)” pioneira do estudo da génese do socialismo em Portugal , posteriormente editada em 1969.
Impedido de regressar a Portugal, encontra-se com a família nas praias da Galiza, até que por pressão das autoridades portuguesas foi impedido de para lá se deslocar. Em 1965, decide defrontar o cacique salazarista de Braga, António Santos da Cunha, uma influente personalidade do regime, e que o acusara de “ligações com o estrangeiro”, pedindo a Armando Bacelar que o leve a tribunal por difamação. Decide então forçar o seu regresso a Portugal, mas logo que aterra em Lisboa é preso no aeroporto. Pressões de Armando Bacelar sobre Marcelo Caetano garantem-lhe a libertação. Dedica-se então à sua livraria, visto que o doutoramento não foi reconhecido. Reiniciou a sua actividade política tentando concorrer pela CDE de Braga em 1969, o que foi impedido, embora em 1973 tenha feito parte das listas. Participa no Congresso Republicano de Aveiro.
Depois do 25 de Abril, embora a sua condição de comunista fosse conhecida, apresentava-se como pertencendo ao MDP-CDE e, nessa condição, assumirá vários cargos como o de director do nacionalizado Correio do Minho. No entanto, em Braga, onde o conflito político era aberto e violento, Victor Sá foi ameaçado pelas acções terroristas anticomunistas. Veio mais tarde a ser deputado pelo APU (1979-80) e manteve sempre o activismo político local.
Prosseguiu a sua carreira académica, agora com o doutoramento reconhecido, na Faculdade de Letras do Porto, continuando a publicar livros e artigos na área da história social e operária. Os seus papéis e arquivo foram doados à Biblioteca Pública de Braga e à Universidade do Minho em 1992. Recebeu a Ordem da Liberdade.
Fontes:
nota biográfica de Henrique Barreto Nunes;
José Ricardo, Romanceiro do Povo Miúdo . Memórias e Confissões, Lisboa , Edições Avante! , 1991
Joaquim Victor Baptista Gomes de Sá,Cópia da Reclamação / Senhor Ministro da Educação Nacional. Excelência:,Braga,,20 Outubro 1959 (TBH, 3ºJ, Pr. 16827/62, Cx. 703, vol. 4)
Informações Políticas / – A 15/11 realizou-se um almoço de homenagem ao Dr. Victor de Sá pelo seu recente doutoramento e de protesto por ter sido desnomeado de professor da escola técnica de Braga…(Doc dactil apreendido a Fernanda de Paiva Tomás), Novembro 1959 (TBH, 3º J, Pr. 16577/61, Cx 646-649, Vol. 5)
Informações Políticas / Almoço de homenagem ao Dr. Victor de Sá …Reuniões de democratas...(Doc dactil apreendido a Fernanda de Paiva Tomás), 20 Novembro 1959 (TBH, 3º J, Pr. 16577/61, Cx 646-649, Vol. 5)
Carta de Victor Sá a Armando Bacelar, Paris, 6 de Novembro de 1965, (Proc. 99 CI)
Algumas obras e artigos de Victor Sá:
Antero de Quental, 1942 (reeditado em 1978)
As Bibliotecas, o Públco e a Cultura, 1956
O Que É a “UNESCO”,Braga, Edição do Autor,1955
História e actualidade,Braga,,1961,
Cultura e Democracia,Braga,Edição do Autor,1961,
Patrício – Da Monarquia à República,s.l.,,s.d.,
Perspectivas do Século XIX, Lisboa, Portugália Editora,1964,
A Crise do Liberalismo e as Primeiras Manifestações das Ideias Socialistas em Portugal (1820-1852), Lisboa, Seara Nova, 1969,
Regressar para quê ?, 1970
“Do Associativismo ao Sindicalismo em Portugal”,O Instituto, V.CXXXVIII, 1977
Formação do Movimento Operário Português, Coimbra,,1978
Manuel Monteiro ou a República Inviável, Braga, Universidade do Minho, 1980,
“Congressos Operários Galaico-Portugueses no Dealbar do Século”,Revista Técnica do Trabalho, 7-8, Jan.-Junho 1981
Fascismo no Quotidiano, Lisboa, Vega, 1989,
“A Comuna de Paris / A formação do movimento operário e Portugal”, O Militante, 194,Setembro-Outubro de 1991
Roteiro da Imprensa Operária e Sindical 1836-1986, Lisboa, Caminho, 1991,
“Um anarquista famalicense em 1896: Manuel da Silva Mendes (S. Miguel da Antas 1867)”, Boletim Cultural da Câmara de Famalicão, 13, 1994-95
O Liberalismo português (1820 – 1852). Recolha Bibliográfica, Braga, Forum, 1994
Testemunho de um tempo de mudança, Braga, Conselho Cultural da Universidade do Minho, 1999
Legenda para uma memória, Braga, Biblioteca Pública de Braga, 2001
Centro de História da Universidade do Porto, Organização Estudos de História Contemporânea Portuguesa . Homenagem ao Professor Vitor Sá, Lisboa Livros Horizonte., 1991
Henrique Barreto Nunes / Manuela Barreto Nunes, Victor de Sá : Um Homem na História / Bibliografia de Victor de Sá, Braga, Biblioteca Pública de Braga – Universidade do Minho, 1991
Victor de Sá, Perspectivas do Século XIX, Lisboa, Portugal Editora, 1964
Victor de Sá, Fascismo no Quotidiano, Lisboa, Veja, 1989
Victor de Sá, Legenda para uma memória, Braga, Biblioteca Pública de Braga, 2001

AMADEU LOPES SABINO
FRANCISCO DUARTE SACAVÉM
(Caneças – Loures, 1915 -10/5/2003)
Pseudónimos : “Loureiro”, “Louro”, “Neto”
Empregado bancário (no Banco Espírito Santo), lugar que abandona em 1938 para passar à clandestinidade. Militante do PCP desde 1934, do CC desde 1936 e do Secretariado desde 1938. Faz parte do CR de Lisboa até 1939, como coordenador da agitação e responsável da distribuição da imprensa nas cinco zonas de Lisboa.
Segundo alguns testemunhos, teria sugerido a Bento Gonçalves a possibilidade de “roubar” 500.000$00 do banco para o partido, hipótese que Gonçalves rejeitou. ”Pavel” informava, em 1938, a IC de que se tratava de um “camarada activo, fiel ao partido e disciplinado. Goza da confiança entre os camaradas”. “Ficamos com boa impressão do seu trabalho.”, anota Blagoeva.
Passa à clandestinidade em 1938, vivendo em Amiais de Baixo (Santarém) mantendo-se nessa condição até 1943. Membro do Secretariado à data da “reorganização” (junto com Vasco de Carvalho) , foi duramente atacado como responsável do “grupelho provocatório” . Depois de durante algum tempo colaborar com Vasco de Carvalho na resistência à “reorganização”, acabou por abandonar a direcção do partido devido às críticas e pressões dos “reorganizadores”. A atitude ambígua de Sacavém, não evitou a sua expulsão em 1941, ratificada em III Congresso em 1943.
Devido a ter-se afastado do chamado “grupelho”, a atitude da nova direcção do PCP foi mais conciliatória com Sacavém do que com Vasco de Carvalho. Sacavém manteve-se até ao 25 de Abril nas franjas do partido, participando nas suas iniciativas “unitárias”. Isso levou-o a ser preso em 1953 , em conjunto com os membros do grupo que esperava Maria Lamas.
Depois do 25 de Abril voltou ao PCP onde militava no Centro de trabalho de Caneças, terra de sua naturalidade.
Fontes:
Avante! , 29/5/2003
Avante!, 3, Outubro 1941 (expulsão)
[Blagoeva] , Informação – Secreto, 1/9/1938 (Arquivos da IC)
(O C.C. do PCP (SPIC) ),O Menino da Mata e o seu Cäo “Piloto”, (Lisboa) ,Colecçäo (Azul), (Novembro 1941)
Duarte [Álvaro Cunhal] A Actividade do Grupelho Provocatório, Avante!, s.l., 1944
I Congresso do Partido Comunista Português – Resoluções, Lisboa, Editorial Avante, 1943
Francisco Ferreira , Entrevista ao autor
José Pacheco Pereira, Álvaro Cunhal – Uma Biografia Política, Vol. II , Lisboa, Círculo de Leitores, 2001
Processos no ANTT – PIDE/DGS
Processo: SC SPS 854 (NT 4299)
Processo: SC RGP 21425
Processo: SC PC 117/53 (NT 5087)
Processo: DEL P PI 28599 (NT 3896)

MÁRIO SACRAMENTO
Clara Sacramento, “Não me obriguem a voltar cá“, O Aveiro.pt
Mário Sacramento, Diário, Porto, Limiar. 1975.
Valdemar Cruz, “O crítico da hora absurda” Expresso, 2/4/2005.
Clara Sacramento, “Não me obriguem a voltar cá“, O Aveiro.pt
Mário Sacramento, Diário, Porto, Limiar. 1975.
Valdemar Cruz, “O crítico da hora absurda” Expresso, 2/4/2005.

ÁLVARO SALEMA

FRANCISCO JOSÉ DE SERUCA CARVALHO SALGADO
(Faro, 23/6/1944-15/6/2007)
(Faro, 23/6/1944-15/6/2007)
EMÍDIO SANTANA

ANTÓNIO SANTO
Faleceu António Santo
Após prolongada doença, faleceu no dia 18 de Abril, com 71 anos de idade, o camarada António Santo, destacado militante comunista e resistente antifascista, com uma vida inteira dedicada à causa da liberdade e da democracia e do socialismo. Natural de Torres Novas e de profissão serralheiro mecânico, António Santo era membro do PCP desde 1950, passou à clandestinidade e foi funcionário do Partido desde 1959 até à morte, tendo sofrido um total de 12 anos e meio de prisão nas cadeias fascistas. Depois do 25 de Abril, desenvolveu a sua actividade partidária em várias organizações do PCP, foi membro das Direcções Regionais de Setúbal e da Beira Litoral e pertenceu ao Comité Central do PCP de 1974 a 1988. Era actualmente membro da Direcção da Organização do PCP para a Emigração e do colectivo responsável pela edição de «O Militante». Quando foi conhecido o seu falecimento, numerosos militantes e dirigentes do PCP passaram pela Casa Mortuária do Instituto Português de Oncologia, onde o seu corpo esteve em câmara ardente. O seu funeral, que constituiu uma sentida manifestação de pesar, teve a participação muito significativa de camaradas, amigos, companheiros de luta e de trabalho e quadros e dirigentes das várias organizações a que António Santo esteve ligado ao longo da vida. A prestar a última homenagem a este destacado militante comunista, encontrava-se também o Secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, acompanhado de um conjunto numeroso de membros da Comissão Política, do Secretariado e da Comissão Central de Controlo. Antes do caixão baixar à terra, ao som uníssono da palavra de ordem «A luta continua!», Blanqui Teixeira, membro da C.C.C., que com António Santo trabalhou muitos anos, tendo tido a oportunidade de lhe conhecer as qualidades e capacidades, proferiu algumas palavras. Visivelmente emocionado, Blanqui Teixeira sublinhou o percurso valoroso de homem e comunista que foi António Santo, e a extrema dedicação que sempre colocou no trabalho ao serviço do Partido. «Avante!» Nº 1325 - 22.Abril.1999 |
A abertura do primeiro Centro de Trabalho
Fernando Blanqui Teixeira O Partido Comunista Português viveu, desde Março de 1921 (data do seu nascimento) até Maio de 1926, pouco mais de cinco anos, com alguma liberdade para a sua actuação. Mas logo após o golpe militar de 28 de Maio começaram a sentir-se medidas para prejudicar e impedir a sua acção junto dos trabalhadores e do povo. Com a implantação crescente de um regime ditatorial em muitos aspectos semelhante ao que existia na Itália e, depois, na Alemanha - regimes fascistas -, a repressão foi aumentando e o Partido passou a actuar em condições de completa clandestinidade. Após o 25 de Abril, o PCP procurou imediatamente concretizar, quanto possível, a liberdade que parecia conquistada. Mas as condições existentes nos dias seguintes ao 25 de Abril não eram completamente seguras. Basta lembrar que o Presidente da Junta de Salvação Nacional, o general Spínola, nem tinha querido acabar com a PIDE nem permitir a libertação dos presos políticos. Entretanto, no Barreiro, terra de muitas lutas e de muita repressão, apareceu rapidamente a ideia de criar uma sede para o Partido. Apesar das indicações da direcção do Partido de que era melhor não avançar demasiado rápido - para se po-der medir bem as condições que iam sendo criadas -, alguns passos foram dados para conhecer possibilidades de aluguer de uma casa. O camarada António Santo (1), que era então membro da Direcção Regional do Sul e, nessa qualidade responsável pelo Comité Local do Barreiro, acompanhou directamente os acontecimentos. No dia 28 conseguiu-se a cedência de uma casa, num sítio central, na Rua Eusébio Leão, perto do actual Parque Catarina Eufémia (2). Como se encontrava cheia de entulho, deu algum trabalho a pô-la em condições de se entrar e de se realizar reuniões no seu interior. A sua inauguração, no dia 30 de Abril, não foi com uma festa, foi com reuniões para discutir o que fazer no dia seguinte, isto é, como comemorar, no Barreiro, o 1º de Maio do ano da Liberdade. Relembrando esses dias, embora com as dúvidas que o tempo vai criando na memória, estou a ver-me a deslocar-me do Barreiro para Almada, num Wolkswagen guiado por um jovem, que hoje é o Presidente da Câmara do Barreiro, Pedro Canário. E não mais me é possível esquecer que, na estrada para Coina, íamos atrás de uma camioneta de caixa aberta e nesta, em pé e apoiado na cabine, ia um trabalhador que olhava para todos os lados e sempre que via alguém, mesmo que fosse longe, abria os braços e acenava intensamente para cumprimentar os outros seres humanos com quem ele queria partilhar a alegria que tinha de viver num país livre! Depois, já no concelho de Almada, julgo que na estrada para a Caparica, não havia carro que não apitasse e pessoas que não se cumprimentassem. Um dia verdadeiramente louco porque único... (1) O Militante Nº 209, de Março-Abril de 94, publicou um seu interessante relato sobre “O primeiro Centro de Trabalho do PCP”. (2) A casa já não existe. Foi demolida para dar lugar a um prédio moderno com vários andares. «O Militante» Nº 240 - Maio / Junho - 1999 |
FERNANDO PITEIRA SANTOS
Fernando Piteira Santos – Português, Cidadão do Século XX, 2004
Maria Antónia Fiadeiro [Organização e coordenação ] , Fernando Piteira Santos , Português , Cidadão do Século XX , Porto , Campo das Letras , 2003
[ Com algumas excepções, é uma colecção de depoimentos testemunhais sobre Piteira Santos, muitas vezes repetitivos e com poucos factos novos . A passagem e as relações de Piteira Santos com o PCP, elemento seminal da sua biografia , são apenas afloradas . É verdade que os documentos do arquivo do PCP continuam indisponíveis e sem eles o “browderismo” de Piteira só pode ser “advinhado” por citações escassas e fora do contexto feitas por Cunhal . ]
João Mesquita, “O comunista íntimo”, Grande Reportagem, 20/11/2004
[Sobre Fernando Piteira Santos.]
Mário Soares, Incursões Literárias, Lisboa, Círculo de Leitores, 2003
[Sucessão de retratos de várias figuras da literatura portuguesa, incluindo Piteira Santos, entre outros.]
Lyon de Castro, Piteira Santos, a “Ler” e o PCP
Fernando Piteira Santos – Português, Cidadão do Século XX, 2004
Maria Antónia Fiadeiro [Organização e coordenação ] , Fernando Piteira Santos , Português , Cidadão do Século XX , Porto , Campo das Letras , 2003
[ Com algumas excepções, é uma colecção de depoimentos testemunhais sobre Piteira Santos, muitas vezes repetitivos e com poucos factos novos . A passagem e as relações de Piteira Santos com o PCP, elemento seminal da sua biografia , são apenas afloradas . É verdade que os documentos do arquivo do PCP continuam indisponíveis e sem eles o “browderismo” de Piteira só pode ser “advinhado” por citações escassas e fora do contexto feitas por Cunhal . ]
João Mesquita, “O comunista íntimo”, Grande Reportagem, 20/11/2004
[Sobre Fernando Piteira Santos.]
Mário Soares, Incursões Literárias, Lisboa, Círculo de Leitores, 2003
[Sucessão de retratos de várias figuras da literatura portuguesa, incluindo Piteira Santos, entre outros.]
Lyon de Castro, Piteira Santos, a “Ler” e o PCP
FRANCISCO RAÚL FIGUEIREDO DOS SANTOS
(1946 – Porto, 8/7/2011)
Trabalhador da fábrica Alumínia, fez parte da célula do PCP da fábrica, participando nas lutas sociais antes e depois do 25 de Abril. Em 1975, “bateu-se corajosamente em defesa das instalaçöes do PCP e da USP-CGTP“. Foi dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do Porto. Nos últimos anos da sua vida, já muito debilitado, militava na sede da organização do Porto do PCP.
FONTE:
Avante!, 14 de Julho de 2011.
JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS
José Ribeiro dos Santos, Memórias da memória, Lisboa, Edições Rolim, 1986.
José Ribeiro dos Santos, Memórias da memória, Lisboa, Edições Rolim, 1986.

NUNO RODRIGUES DOS SANTOS
RIBEIRO SANTOS
STELLA PITEIRA SANTOS
Maria António Fiadeiro, “Stella Piteira Santos uma vida de 90 anos”, Referencial, 86, Janeiro-Julho 2007.
Maria António Fiadeiro, “Stella Piteira Santos uma vida de 90 anos”, Referencial, 86, Janeiro-Julho 2007.

ANTÓNIO JOSÉ SARAIVA
João Aguiar, “Eu sou António José Saraiva”, O País Magazine, 11/2/1982
Clara Ferreira Alves, “O Mestre Imperfeito”, Expresso, 20/3/1993
Francisco Belard, “António José Saraiva , a expansão não nos serviu para nada”, Expresso, 7/5/1983
Francisco Belard, “A Aventura de Pensar”, Expresso, 20/3/1993
Carlos Câmara Leme, “António José Saraiva , Eu sou Israelita”, Público/Fim de Semana, 1/2/1991
Carlos Câmara Leme / Isabel Coutinho,”Um Rebelde no Século”, Público, 18/3/1993
Óscar Lopes, “Dor da Pátria” Expresso, 9/4/1993
Teresa Rita Lopes “A nobreza de não saber viver”, Jornal de Letras, 23/3/1993
Eduardo Lourenço, “O iconoclasta do imaginário cultural”, Expresso, 20/3/1993
Inês Pedrosa / Rui Rocha, “António José Saraiva – O progresso cria novas prisões”, Expresso/Revista, 15/12/1990
Júlio Pinto “Não há mal em se continuar a tentar ser libertário”, Diário Popular, 26 de Agosto de 1986
António José Saraiva, Maio e a Crise da Civilização Burguesa. s.l., Publicações Europa-América, 1970
António José Saraiva, Filhos de Saturno, Bertrand Editora, 1980
A[ntónio] J[osé] Saraiva, “0 Meu Afastamento”, Expresso, 22 de Maio de 1982
António José Saraiva, Cultura, Lisboa, Difusão Cultural, Colecção O Que É, 1993
António José Saraiva, A Tertúlia Ocidental, Lisboa, Gradiva, Cultura e História – Público, 1996
António José Saraiva, Para a História da Cultura em Portugal, Lisboa, Gradiva, Cultura e História – Público, 1996
António José Saraiva, Iniciação na Literatura Portuguesa, Gradiva, Cultura & História – Público, 1996
António José Saraiva, O Crepúsculo da Idade Média em Portugal, Gradiva, Cultura & História – Público, 1996
António José Saraiva, Estudos sobre a arte d’Os Lusíadas, Gradiva, Cultura & História – Público, 1996
António José Saraiva, Poesia e Drama, Gradiva, Cultura & História – Público, 1996
António José Saraiva, Uma Face Desconhecida. Poemas e Prosas (Organização de Maria Isabel Saraiva), Lisboa, Gradiva, 2003
[Poemas até agora inéditos, alguns de amor, escritos na fase mais ortodoxa de Saraiva, quando era a imagem visível do partido na luta pelo controle da Vértice.]
António José Saraiva, Crónicas, Lisboa, Quidnovi, 2004
António José Saraiva / Óscar Lopes; História da Literatura Portuguesa, Porto Editora
Vicente Jorge Silva, “Uma rosa para António”, Público, 18 de Março de 1993
José Carlos de Vasconcelos, “António José Saraiva e Óscar Lopes , uma história na literatura…”, Jornal de Letras, 17/4/1990
João Aguiar, “Eu sou António José Saraiva”, O País Magazine, 11/2/1982
Clara Ferreira Alves, “O Mestre Imperfeito”, Expresso, 20/3/1993
Francisco Belard, “António José Saraiva , a expansão não nos serviu para nada”, Expresso, 7/5/1983
Francisco Belard, “A Aventura de Pensar”, Expresso, 20/3/1993
Carlos Câmara Leme, “António José Saraiva , Eu sou Israelita”, Público/Fim de Semana, 1/2/1991
Carlos Câmara Leme / Isabel Coutinho,”Um Rebelde no Século”, Público, 18/3/1993
Óscar Lopes, “Dor da Pátria” Expresso, 9/4/1993
Teresa Rita Lopes “A nobreza de não saber viver”, Jornal de Letras, 23/3/1993
Eduardo Lourenço, “O iconoclasta do imaginário cultural”, Expresso, 20/3/1993
Inês Pedrosa / Rui Rocha, “António José Saraiva – O progresso cria novas prisões”, Expresso/Revista, 15/12/1990
Júlio Pinto “Não há mal em se continuar a tentar ser libertário”, Diário Popular, 26 de Agosto de 1986
António José Saraiva, Maio e a Crise da Civilização Burguesa. s.l., Publicações Europa-América, 1970
António José Saraiva, Filhos de Saturno, Bertrand Editora, 1980
A[ntónio] J[osé] Saraiva, “0 Meu Afastamento”, Expresso, 22 de Maio de 1982
António José Saraiva, Cultura, Lisboa, Difusão Cultural, Colecção O Que É, 1993
António José Saraiva, A Tertúlia Ocidental, Lisboa, Gradiva, Cultura e História – Público, 1996
António José Saraiva, Para a História da Cultura em Portugal, Lisboa, Gradiva, Cultura e História – Público, 1996
António José Saraiva, Iniciação na Literatura Portuguesa, Gradiva, Cultura & História – Público, 1996
António José Saraiva, O Crepúsculo da Idade Média em Portugal, Gradiva, Cultura & História – Público, 1996
António José Saraiva, Estudos sobre a arte d’Os Lusíadas, Gradiva, Cultura & História – Público, 1996
António José Saraiva, Poesia e Drama, Gradiva, Cultura & História – Público, 1996
António José Saraiva, Uma Face Desconhecida. Poemas e Prosas (Organização de Maria Isabel Saraiva), Lisboa, Gradiva, 2003
[Poemas até agora inéditos, alguns de amor, escritos na fase mais ortodoxa de Saraiva, quando era a imagem visível do partido na luta pelo controle da Vértice.]
António José Saraiva, Crónicas, Lisboa, Quidnovi, 2004
António José Saraiva / Óscar Lopes; História da Literatura Portuguesa, Porto Editora
Vicente Jorge Silva, “Uma rosa para António”, Público, 18 de Março de 1993
José Carlos de Vasconcelos, “António José Saraiva e Óscar Lopes , uma história na literatura…”, Jornal de Letras, 17/4/1990
ANTÓNIO SEIÇA
(Gândara dos Olivais – Marrazes (Leiria) 1915 – 28/10/2003)
Operário químico, simpatizante do PCP desde os anos quarenta, tendo-se filiado em 1975. Pertencia à organização da freguesia de Marrazes.
Fonte:
Avante!, 20-11- 2003
(Gândara dos Olivais – Marrazes (Leiria) 1915 – 28/10/2003)
Operário químico, simpatizante do PCP desde os anos quarenta, tendo-se filiado em 1975. Pertencia à organização da freguesia de Marrazes.
Fonte:
Avante!, 20-11- 2003

JAIME SERRA
Jaime Serra, ”Só na primeira prisão – tinha eu 16 anos – saí pela porta da frente”,Avante!, 198.
Jaime Serra, “As grandes greves operárias dos anos 40”, O Diário, 1982.
Jaime Serra, “A revolta antes da convicção” (Entrevista), Diário de Notícias, 13/2/1999.
Jaime Serra, Eles têm o Direito de Saber. Páginas da Luta Clandestina, Lisboa, Avante, 1999.
Jaime Serra, As Explosões que Abalaram o Fascismo. O que Foi a Ara (Acção Revolucionária Armada), Lisboa, Avante, 1999.
Jaime Serra, O Abalo do Poder. Do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975, Lisboa, Edições Avante, 2001.
Jaime Serra, ”Só na primeira prisão – tinha eu 16 anos – saí pela porta da frente”,Avante!, 198.
Jaime Serra, “As grandes greves operárias dos anos 40”, O Diário, 1982.
Jaime Serra, “A revolta antes da convicção” (Entrevista), Diário de Notícias, 13/2/1999.
Jaime Serra, Eles têm o Direito de Saber. Páginas da Luta Clandestina, Lisboa, Avante, 1999.
Jaime Serra, As Explosões que Abalaram o Fascismo. O que Foi a Ara (Acção Revolucionária Armada), Lisboa, Avante, 1999.
Jaime Serra, O Abalo do Poder. Do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975, Lisboa, Edições Avante, 2001.
DOCUMENTOS FALSOS

LAURA SERRA

MANUEL SERTÓRIO
Manuel Sertório, Entrevista a República, 31/5/1974.
[Para a história da corrente socialista nos anos do pós-guerra e sobre as polémicas da FPLN.]
Manuel Sertório, “Da Guerra do Carimbo à ASP”, Diário de Notícias , 29/3/1984.
Fernando Rosas (entrevista de) , “Manuel Sertório: Urn Ponto Comum Unia Aa Oposição: Ausência de Alternativa ao Regime”, Diário de Noticias, 5/5/1985.
Manuel Sertório, «A Luta Contra o Fascismo no Exílio», em Humberto Delgado: setenta cartas inéditas, Lisboa, Praça do Livro, 1978.
Manuel Sertório, Entrevista a República, 31/5/1974.
[Para a história da corrente socialista nos anos do pós-guerra e sobre as polémicas da FPLN.]
Manuel Sertório, “Da Guerra do Carimbo à ASP”, Diário de Notícias , 29/3/1984.
Fernando Rosas (entrevista de) , “Manuel Sertório: Urn Ponto Comum Unia Aa Oposição: Ausência de Alternativa ao Regime”, Diário de Noticias, 5/5/1985.
Manuel Sertório, «A Luta Contra o Fascismo no Exílio», em Humberto Delgado: setenta cartas inéditas, Lisboa, Praça do Livro, 1978.
MARIA EMÍLIA LINDIM SERRA
Passou à ilegalidade, em Julho de 1945, e, após controlar o sector da linha do Estoril, substitui, em 1962-63, Rolando Verdial, na zona oeste, passando a funcionária responsável por Mafra, Sobral do Monte Agraço, Torres Vedras, Bombarral, Caldas da Rainha, Alcobaça, Leiria, o sector da Marinha Grande em 1963, Á-da-Gorda, Monte Real, Runa, Vila Nova de Ourém, Pero Pinheiro, Sacavém e Peniche. Era controlada inicialmente por José Carlos («Noé») e, depois, por Ângelo Veloso («Casais»), residindo em Aveiras de Cima, quando foi detida, com Manuel António Gomes e Rosa Passão, em 8 de Março de 1964, no Algueirão. Usou os pseudónimos de «Silva», «João» e «Joaquim», nome com o qual escrevia nas 3 Páginas e Voz das Camaradas do Partido. Condenada em 5 de Dezembro de 1964, a três anos e meio de prisão maior e medidas de segurança, apenas foi libertada condicionalmente em Abril de 1969, sendo a liberdade convertida a definitiva em Janeiro de 1973.
Passou à ilegalidade, em Julho de 1945, e, após controlar o sector da linha do Estoril, substitui, em 1962-63, Rolando Verdial, na zona oeste, passando a funcionária responsável por Mafra, Sobral do Monte Agraço, Torres Vedras, Bombarral, Caldas da Rainha, Alcobaça, Leiria, o sector da Marinha Grande em 1963, Á-da-Gorda, Monte Real, Runa, Vila Nova de Ourém, Pero Pinheiro, Sacavém e Peniche. Era controlada inicialmente por José Carlos («Noé») e, depois, por Ângelo Veloso («Casais»), residindo em Aveiras de Cima, quando foi detida, com Manuel António Gomes e Rosa Passão, em 8 de Março de 1964, no Algueirão. Usou os pseudónimos de «Silva», «João» e «Joaquim», nome com o qual escrevia nas 3 Páginas e Voz das Camaradas do Partido. Condenada em 5 de Dezembro de 1964, a três anos e meio de prisão maior e medidas de segurança, apenas foi libertada condicionalmente em Abril de 1969, sendo a liberdade convertida a definitiva em Janeiro de 1973.
ALICE CAPELA SILVA
Operária, foi para uma casa do partido, para onde o pai a levou, em 1954, com 12 anos. Aos 16 anos, em 1957, começou a trabalhar, numa tipografia clandestina do PCP, sendo sucessivamente controlada por «Ivo», «Marques, «Melo» e «Gomes». Através de declarações de outros presos, a PIDE soube que Alice fora levada, em 1960, para uma casa ilegal, na rua do Lusíadas, por «Ivo», afim de aprender a arte tipográfica, com Eduardo Pires e o filho deste, Carlos Alberto Glória Pires. Em 1958, foi, com a mãe, para uma casa clandestina, onde estava também Joaquim Augusto da Cruz Carreira. Depois da prisão deste, foi viver sozinha com Adelino Pereira da Silva, de quem teve um filho. Após a prisão deste, em 1963, foi viver com outro funcionário e, depois, foi para uma casa ilegal na Damaia, onde residiam Aurora Piedade Diniz, sua mãe, e Duarte Nuno Clímaco Duarte Pinto, («Neves», «Mário, «Leitão», «Norberto» e «Jorge»). Em 1964, os três mudaram para a Charneca do Lumiar, onde funcionava uma tipografia clandestina, onde ela ensinou Duarte a compor e imprimir. Em início de 1965, os dois e a mãe de Alice, Aurora, foram presos. Apenas libertada condicionalmente, em Setembro de 1969, Alice foi, primeiro viver para a Póvoa de Santa Iria e, após a libertação de Adelino, foi residir com ele para o Barreiro.
Operária, foi para uma casa do partido, para onde o pai a levou, em 1954, com 12 anos. Aos 16 anos, em 1957, começou a trabalhar, numa tipografia clandestina do PCP, sendo sucessivamente controlada por «Ivo», «Marques, «Melo» e «Gomes». Através de declarações de outros presos, a PIDE soube que Alice fora levada, em 1960, para uma casa ilegal, na rua do Lusíadas, por «Ivo», afim de aprender a arte tipográfica, com Eduardo Pires e o filho deste, Carlos Alberto Glória Pires. Em 1958, foi, com a mãe, para uma casa clandestina, onde estava também Joaquim Augusto da Cruz Carreira. Depois da prisão deste, foi viver sozinha com Adelino Pereira da Silva, de quem teve um filho. Após a prisão deste, em 1963, foi viver com outro funcionário e, depois, foi para uma casa ilegal na Damaia, onde residiam Aurora Piedade Diniz, sua mãe, e Duarte Nuno Clímaco Duarte Pinto, («Neves», «Mário, «Leitão», «Norberto» e «Jorge»). Em 1964, os três mudaram para a Charneca do Lumiar, onde funcionava uma tipografia clandestina, onde ela ensinou Duarte a compor e imprimir. Em início de 1965, os dois e a mãe de Alice, Aurora, foram presos. Apenas libertada condicionalmente, em Setembro de 1969, Alice foi, primeiro viver para a Póvoa de Santa Iria e, após a libertação de Adelino, foi residir com ele para o Barreiro.
ANTÓNIO MAXIMIANO DA SILVA
(1898 - 12/4/1998)
Fundador em 1949 do MND no Porto.
(1898 - 12/4/1998)
Fundador em 1949 do MND no Porto.
HERNANI DA SILVA
Hernâni Silva,”Jovens do Norte cantaram “”As Heróicas”” há 40 anos”, O Diário
Hernâni da Silva, “Homens Bichos e Coisas – Contingências de por-se o pé na rua”, O Diário, 8/V/1987
Hernâni da Silva,”Memória do fascismo – Larguem-me esse diabo nas celas”, O Diário, 11/8/1989

JOSÉ DA SILVA
José da Silva, Memórias de Um Operário, 2 vols, Porto, 1971.
José da Silva, Memórias de Um Operário, 2 vols, Porto, 1971.
VASCO LUÍS RODRIGUES DA CONCEIÇÃO E SILVA
(Sertã, 4/8/1923 – Castelo Branco,15/11/1994)
Filho do escritor Virgílio Godinho, ligado ao movimento nacional-sindicalista e depois aproximando-se da oposição, Vasco Silva licenciou-se em História. Depois do apoio que prestou à candidatura de Humberto Delgado foi afastado do ensino oficial e passou a leccionar no ensino secundário particular. Foi candidato pelo Círculo de Castelo Branco nas listas da oposição em 1961. Ligado ao PCP fazia parte de um círculo que lia e distribuia o Avante! em Castelo Branco, de que faziam parte, para além de Vasco Silva, o engenheiro Barata, Carlos Correia, Mário Barreto, Tito Zuzarte e Carlos Vale. Preso em Janeiro de 1964, esteve dois anos em Peniche. Membro da Comissão Nacional dos Congressos da Oposição Democrática de Aveiro (1969 e 1973).
Depois do 25 de Abril, foi o primeiro governador de Castelo Branco em democracia (de 27 de Agosto de 1974 a 10 de Outubro de 1975) e várias vezes candidato a deputado pela CDU e em diferentes eleições autárquicas. Após a morte, a sua biblioteca com cerca de 13000 volumes foi doada ao PCP que a cedeu à Biblioteca da ESE do IPCB.
FONTES:
Avante!, 17 de Novembro de 1994.
Avante!, 9 de Maio de 2002.
Carlos Vale, «O PCP que já foi enterrado tantas vezes…Mas está vivo….», Kaminhos Magazine
ANTT:
PT/TT/PIDE/E/010/133/26520
PIDE, Serviços Centrais, Registo Geral de Presos, liv. 133, registo n.º 26520
(Sertã, 4/8/1923 – Castelo Branco,15/11/1994)
Filho do escritor Virgílio Godinho, ligado ao movimento nacional-sindicalista e depois aproximando-se da oposição, Vasco Silva licenciou-se em História. Depois do apoio que prestou à candidatura de Humberto Delgado foi afastado do ensino oficial e passou a leccionar no ensino secundário particular. Foi candidato pelo Círculo de Castelo Branco nas listas da oposição em 1961. Ligado ao PCP fazia parte de um círculo que lia e distribuia o Avante! em Castelo Branco, de que faziam parte, para além de Vasco Silva, o engenheiro Barata, Carlos Correia, Mário Barreto, Tito Zuzarte e Carlos Vale. Preso em Janeiro de 1964, esteve dois anos em Peniche. Membro da Comissão Nacional dos Congressos da Oposição Democrática de Aveiro (1969 e 1973).
Depois do 25 de Abril, foi o primeiro governador de Castelo Branco em democracia (de 27 de Agosto de 1974 a 10 de Outubro de 1975) e várias vezes candidato a deputado pela CDU e em diferentes eleições autárquicas. Após a morte, a sua biblioteca com cerca de 13000 volumes foi doada ao PCP que a cedeu à Biblioteca da ESE do IPCB.
FONTES:
Avante!, 17 de Novembro de 1994.
Avante!, 9 de Maio de 2002.
Carlos Vale, «O PCP que já foi enterrado tantas vezes…Mas está vivo….», Kaminhos Magazine
ANTT:
PT/TT/PIDE/E/010/133/26520
PIDE, Serviços Centrais, Registo Geral de Presos, liv. 133, registo n.º 26520

JOAQUIM SANTOS SIMÕES
Victor Ferreira, “Faleceu Joaquim Santos Simões”, Público, 24/7/2004
“Joaquim Santos Simões”, Wikipedia
Joaquim Santos Simões, Braga. Grito de Liberdade. História Possível de meio século de resistência , Braga, Governo Civil do Distrito de Braga, 1999
Joaquim Santos Simões , Sete anos de luta contra o fascismo. Academia de Coimbra 1944 – 1951, Guimarães, J. Santos Simões, 2002
Victor Ferreira, “Faleceu Joaquim Santos Simões”, Público, 24/7/2004
“Joaquim Santos Simões”, Wikipedia
Joaquim Santos Simões, Braga. Grito de Liberdade. História Possível de meio século de resistência , Braga, Governo Civil do Distrito de Braga, 1999
Joaquim Santos Simões , Sete anos de luta contra o fascismo. Academia de Coimbra 1944 – 1951, Guimarães, J. Santos Simões, 2002

ANTÓNIO CARLOS FERREIRA SOARES
O Assassínio de Carlos Soares, Edição do Centro de Trabaiho de Espinho. sd.
Sara Dias Oliveira, “O médico dos pobres que a polícia política matou à queima-roupa”, Público, 4/12/2002
O Assassínio de Carlos Soares, Edição do Centro de Trabaiho de Espinho. sd.
Sara Dias Oliveira, “O médico dos pobres que a polícia política matou à queima-roupa”, Público, 4/12/2002

JOSÉ SOARES
"O Malatesta" (?)
"O Malatesta" (?)
JOSÉ PEDRO CORREIA SOARES

FERNANDO MACEDO DE SOUSA
Fernando Macedo de Sousa, “Dos campos de concentração portugueses; quinze anos de luta contra o fascismo (1931-1946)”, Correio da Serra, 220, 15 de Agosto de 1974,; 221, de 1 de Setembro 1974.
Fernando Macedo de Sousa. “Intervençao”, Estrela Vermelha, 18, Agosto de 1975.
[Descrição da sua vida de militante do PCP de 1931 a 1941 corn referéncias às posicões do PCP quanto ao 18 de Janeiro, Guerra de Espanha e a Segunda Guerra Mundial. Dados sobre os debates no Tarrafal e a reorganização de 1941.]
Femando (Macedo) de Sousa, Entrevista a Juventude Vermeiha. 6, Junho de 1976.
Fernando Macedo de Sousa, Entrevista ao Jornal Novo, 17 de Fevereiro de 1978.
[Sobre 0 Tarrafal, com pormenores sobre a actividade da organização prisional e a “politica nova” do PCP.]
Fernando Macedo de Sousa, “Dos campos de concentração portugueses; quinze anos de luta contra o fascismo (1931-1946)”, Correio da Serra, 220, 15 de Agosto de 1974,; 221, de 1 de Setembro 1974.
Fernando Macedo de Sousa. “Intervençao”, Estrela Vermelha, 18, Agosto de 1975.
[Descrição da sua vida de militante do PCP de 1931 a 1941 corn referéncias às posicões do PCP quanto ao 18 de Janeiro, Guerra de Espanha e a Segunda Guerra Mundial. Dados sobre os debates no Tarrafal e a reorganização de 1941.]
Femando (Macedo) de Sousa, Entrevista a Juventude Vermeiha. 6, Junho de 1976.
Fernando Macedo de Sousa, Entrevista ao Jornal Novo, 17 de Fevereiro de 1978.
[Sobre 0 Tarrafal, com pormenores sobre a actividade da organização prisional e a “politica nova” do PCP.]

JOSÉ DE SOUSA
“José de Sousa – destacado milltante socialista”, Portugal Socialista, 44, 4 do Junho do 1975
Edmundo Pedro, 45 Anos de luta pela Democracia Sindical – Reflexões de um Militante, Lisboa, Fundação José Fontana. 1979.
[Para além das lembranças autobiográficas de E. Pedro. contém elementos sobre a actividade do PCP e da FJCP nos anos 30 e sobre a biografia e ideias politicas de José de Sousa.]
“José de Sousa – destacado milltante socialista”, Portugal Socialista, 44, 4 do Junho do 1975
Edmundo Pedro, 45 Anos de luta pela Democracia Sindical – Reflexões de um Militante, Lisboa, Fundação José Fontana. 1979.
[Para além das lembranças autobiográficas de E. Pedro. contém elementos sobre a actividade do PCP e da FJCP nos anos 30 e sobre a biografia e ideias politicas de José de Sousa.]
JOSÉ VIEGAS DE SOUSA (Montijo, 1912 – 22/7/2010)
Operário corticeiro, simpatizante e depois militante do PCP, teve papel activo na distribuição da imprensa clandestina e na angariação de fundos para os presos políticos. Depois do 25 de Abril, dedicou-se ao trabalho na Festa do Avante!. O Avante! refere que era um “grande conversador”.
FONTES:
Avante!, 30 de Setembro de 2010.
Operário corticeiro, simpatizante e depois militante do PCP, teve papel activo na distribuição da imprensa clandestina e na angariação de fundos para os presos políticos. Depois do 25 de Abril, dedicou-se ao trabalho na Festa do Avante!. O Avante! refere que era um “grande conversador”.
FONTES:
Avante!, 30 de Setembro de 2010.

VIRGÍLIO FERREIRA(?) DE SOUSA
Enfermeiro; empregado de escritório.
Membro das Juventudes Sindicalistas.
Comité da Federação Anarquista Regional do Centro (junto com A. Botelho).
Grupo "O Semeador"
Colaborador do Proletário.
Delegado da CIS em 1935.
Preso no Tarrafal de 12/6/1937 a 23/1/1946.
Grupo dos Comunistas Afastados (1941)
Fontes:
Emídio Santana, Atentado..., p. 22
Afonso Botelho, História do grupo "O Semeador"
Enfermeiro; empregado de escritório.
Membro das Juventudes Sindicalistas.
Comité da Federação Anarquista Regional do Centro (junto com A. Botelho).
Grupo "O Semeador"
Colaborador do Proletário.
Delegado da CIS em 1935.
Preso no Tarrafal de 12/6/1937 a 23/1/1946.
Grupo dos Comunistas Afastados (1941)
Fontes:
Emídio Santana, Atentado..., p. 22
Afonso Botelho, História do grupo "O Semeador"
ARQUIVO EPHEMERA